O licor da tua boca
que bebo insone
diluo em meu desejo
enquanto a lua,
branca alma penada,
assiste nosso embate de mil cores.
Corpo que anoitece explodindo
em tempestades magnéticas,
e guarda em seu calor
o dia eterno do amor.
Tua lua queima sonâmbula na madrugada,
enquanto meu sol, O Capitão, domina
a paisagem do poema,
do pensamento, da respiração,
do sensual e espiritual neste mundo.
E esse amor, como um belo organismo
na selva chuvosa, qual tronco de árvore de mil anos,
se espalha entre nossos estertores na noite
iluminada por estrelas vadias.