Sábado assisti à Sinfonia, chamada "dos Mil", na Praia de Copacabana. Já era fã de Mahler, mas a experiência que tive foi mística. Abaixo está um pouco do texto, que aliás é em Latim. Por favor, quem sabe Latim, me diga alguma coisa! Só vi a tradução da apresentação, o hino é lindo. A descrição que o próprio Mahler oferece é exata. Parece que aquilo foi escrito exatamente pra ser executado sob as estrelas, ao lado do mar.
Gustav Mahler - Symphony No.8 "Symphony of a Thousand"
I have just finished my Eighth! It is the greatest thing I have as yet done ... Imagine that the whole universe begins to sound in tone. The result is not merely human voices singing, but a vision of planets and suns coursing about.
Mahler on his "Symphony of a Thousand" in a letter to conductor Willem Mengelberg
Key: E-flat Major
I
Hymnus: Veni, creator spiritus
Text
Veni, creator spiritus,
Mentes tuorum visita;
Imple superna gratia,
Quae tu creasti pectora.
Qui Paraclitus diceris,
Donum Dei altissimi,
Fons vivus, ignis, caritas,
Et spiritalis unctio.
Infirma nostri corporis
Virtute firmans perpeti;
Accende lumen sensibus,
Infunde amorem cordibus.
Hostem repellas longius,
Pacemque dones protinus;
Ductore sic te praevio
Vitemus omne pessimum.
Tu septiformis munere,
Dexterae paternae digitus.
Per te sciamus da Patrem,
Noscamus (atque) Filium,
(Te utriusque) spiritum
Credamus omni tempore.
Da gaudiorum praemia,
Da gratiarum munera;
Dissolve litis vincula,
Adstringe pacis foedera.
Gloria Patri Domino,
Deo sit gloria et Filio
Natoque, qui a mortuis
Surrexit, ac Paraclito
In saeculorum saecula.
Mahler did not use the text in parenthesis.
Monday, August 28, 2006
Monday, August 07, 2006
Despedida
Deixo-te, mas na alma
Há rios que transbordam.
Despeço-me gentilmente
Servil e respeitosa.
Silencio diante das câmaras
Delicadamente iluminadas.
Deixo-te sem revoltas
Sem paganismos e grandes ares
Sem rancores de prisioneiros.
Deixo-te sem rumores
E tranco a porta ao sair.
A mesa, sem migalhas,
Repousa na penumbra
Da tarde de um inverno puro.
Queria ter te deixado
Um largo patrimônio
Ou uma obra da qual
Tivesses algum proveito.
Não sendo isto possível, calo-me
no campesinato satisfeito
de minha livre indigência.
Deixo-te coroas de louro
Desbotadas pela falta de uso.
Deixo-te cânticos meio escritos
E taças de licor pela metade.
Deixo-te nenhures,
À porta, à estrada.
Há rios que transbordam.
Despeço-me gentilmente
Servil e respeitosa.
Silencio diante das câmaras
Delicadamente iluminadas.
Deixo-te sem revoltas
Sem paganismos e grandes ares
Sem rancores de prisioneiros.
Deixo-te sem rumores
E tranco a porta ao sair.
A mesa, sem migalhas,
Repousa na penumbra
Da tarde de um inverno puro.
Queria ter te deixado
Um largo patrimônio
Ou uma obra da qual
Tivesses algum proveito.
Não sendo isto possível, calo-me
no campesinato satisfeito
de minha livre indigência.
Deixo-te coroas de louro
Desbotadas pela falta de uso.
Deixo-te cânticos meio escritos
E taças de licor pela metade.
Deixo-te nenhures,
À porta, à estrada.
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