Sunday, June 08, 2008
Os Pássaros e Truffaut
Abrimos as janelas e os azuis revoam.
A cidade está agora embriagada em calmo frio
Num abraço sinto teu coração sobressaltado
de névoa cintilante qua as gaivotas deixam para trás.
Sonho que toco tuas mãos e as penas das aves
entre folhas de árvores espargem luzes ao Tempo.
E o Sol num instante acorda e toma seu cetro,
e desperta teu olhar que em tímido verde-escuro
passeia e percebe o silencioso movimento
de cenas e nossos amores desenhados em nanquim
Estes caminham pela sala, sentam-se e põem flores
nos vasos.
A cidade está imersa em seus desdéns.
Nós nos perdemos do Tempo, e isso nos dá direito
ao canto
como aos poetas cegos de outrora
era dada uma nova e profunda visão.
O céu nos responde com uma cantiga ao piano
que ingenuamente reverbera no azul, pálido
e este mar é somente meu e teu, os tolos se
esconderam.
As cenas, a corrida na ponte, o chalé no vale,
o turbilhão da vida, diante deles nos rimos
mas temo o Tempo por um instante, que temeroso
de nossa displiscência, nos tome e nos devore
como seus legítimos filhos, que ameaçam seu trono.
O tempo detesta as crianças, o Bastardo.
Eu te abraço e teu calor me conta
a história de um filme e bicicletas
e de crianças que também reinventam
seus amores e libertam pássaros
nas manhãs sem sol debruçados sobre o mar.
Lullaby, by W. H. Auden
Lay your sleeping head, my love,
Human on my faithless arm;
Time and fevers burn away
Individual beauty from
Thoughtful children, and the grave
Proves the child ephemeral:
But in my arms till break of day
Let the living creature lie,
Mortal, guilty, but to me
The entirely beautiful.
Soul and body have no bounds:
To lovers as they lie upon
Her tolerant enchanted slope
In their ordinary swoon,
Grave the vision Venus sends
Of supernatural sympathy,
Universal love and hope;
While an abstract insight wakes
Among the glaciers and the rocks
The hermit's carnal ecstasy.
Certainty, fidelity
On the stroke of midnight pass
Like vibrations of a bell
And fashionable madmen raise
Their pedantic boring cry:
Every farthing of the cost,
All the dreaded cards foretell,
Shall be paid, but from this night
Not a whisper, not a thought,
Not a kiss nor look be lost.
Beauty, midnight, vision dies:
Let the winds of dawn that blow
Softly round your dreaming head
Such a day of welcome show
Eye and knocking heart may bless,
Find our mortal world enough;
Noons of dryness find you fed
By the involuntary powers,
Nights of insult let you pass
Watched by every human love.
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