Uma gigante negra borboleta
dançou atormentada à minha janela
enquanto as cigarras vadias
entoavam as velhas madrigais
e monstruosas estrelas tensas
nasciam no céu de outubro.
A música que ouço não é deste mundo.
E tocas, divina Anoushka,
tocas tua cítara, e bebo meus anis.
O doce feminino toca
os fios da teia feminina.
Uma flor no verão
alimentada pela chuva-madre
que desce a encosta sem alarde.
A inteligência da lince
encontra a leveza do beija-flor.
Divina Anoushka,
toca a infinitude para o meu coração.
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