"Chronos devorando um de seus filhos", Goya Amanhã é dia de matadouro
Amanhã é dia de sacrifício
Criança que vai ao encontro
do demônio que lhe sopra
nos ouvidos as cantigas macabras
de todas as negras noites.
Amanhã vai ao cemitério
Amanhã vai à estrada que dá muito longe.
Amanhã, amanhã, amanhã
amanhã tenho medo
amanhã vem essa luz de felicidade
à qual meus olhos negam boas-vindas.
Por que será? Têm sexto sentido
Têm visão de cego
no matadouro vêem no escuro.
3 comments:
que poema sombrio. porque você tem medo da luz da felicidade?
não sei bem onde estás, mas a perturbação é cativante...
gosto da cor deste poema...
até..
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