Friday, April 08, 2011
Do perigo e seus humores
Diziam os antigos românticos
que os poetas eram nascidos das tempestades.
Sei por que flerto com o perigo.
Sei como prefiro o oceano noturno às flores do campo.
Não devo me lamentar se algum desses homens com quem ando
se mostrarem piratas desumanos ou anjos caídos carregando foices infernais.
Andei com Jesse James e seu bando, jantei com Lampião e seus devotos.
Flerto com as estrelas refletidas no esgoto e com a música do violinista mendicante.
Liberdade, amada mão, mas insidiosa bruxa que cozinha vapores intoxicantes
Sem enganos, sem política e sem moral, apenas uma canção e uma palheta.
Flerto com o erro, com o abismo, com o silêncio dos becos,
e assisto a danças macabras enquanto o amor se contorce sob a lua.
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6 comments:
adorei, Cecília. é ótimo ler suas poesias, alimenta a alma. :)
Oi querida, muito obrigada... você é sempre benvinda. Beijos!
Belas palavras. :)
Ah, e gostei do novo design.
;)
Não desapareça.
Passei por aqui, gostei, vou cá voltar. :)
Sempre me supreendento, Cecil... ^^
Achei lindo o que escreveu, de verdade.
Senti falta dos teus textos...
E sinto tua falta no Um vinho, Cello e Cigarros :/
Beijos
Oi Tami, muito obrigada.
Acho que meus textos no Cello e Cigarros não eram tão apreciados assim pela maioria dos leitores... pelo menos eu não sentia que estava realmente contribuindo. Como fiquei chateada com o Andreas (por outros motivos), não vi motivo pra ficar.
Mas obrigada pela visita! Volte sempre. :)
Beijos
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