Sunday, July 31, 2011

Canção I



No teu coração e no teu verso, um desejo.
Nos teus passos de guerreiro, uma memória triste.
Na tua lâmina, uma desesperança e uma canção.

O amanhecer coleta notas extras e flores desperdiçadas.
A noite recebe corpos mutilados pela Deusa da Vingança.

Um pequeno piano, teclas de metal enferrujado
e cantos de anjos infantes mortos e gatos desaparecidos,
pedras que amantes deixaram na praia durante a madrugada.

Sorte que desenho, caminho escrito nas cartas
de videntes de olhos deformados, música de pedintes
que pagamos com moedas de um real em potes de sorvetes,
o amor é um luxo como uma cantora de voz negra e
olhos claros, uma volúpia como a visão de Diana nua no rio.

4 comments:

Tami l'etrange said...

I like it!

tork said...

é, tb gostei... muito!

André said...

daqui, dali achei-te e.

Cecil said...

Que bom que me achaste, André. Finalmente. ;) Por onde é que andaste?