Folha amarga
deslizando irresoluta
ao fundo negro prata
do vale seco.
Fio de luz
escorrega lágrimas
sobre o túmulo
onde ainda palpita uma menina.
E quente o coração
sob a pele anfíbia
e branca entre girassóis.
A máscara sem olhos
espreita.
Nervos se liquefazem
ao som de borboletas anis
alucinações latejantes
de alguém que de tanto amor
transformou-se em fumaça na chuva.
Triste a folha seca
que escorrega na solução
de água e óleo diesel
no fim da estrada
ao lado do jazigo
de uma menina
ainda meio morta.
1 comment:
Simples, leve e perfeito :)
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