Meus poemas são todos iguais
Tem os grilos, as flores e os rios
o vento e a floresta, a montanha e tudo mais
Já cansei deles, não dos seres que habitam lá
mas das odes que escrevo, das quais eles não precisam.
Também não vou ser útil e começar a escrever
sobre os sérios infortúnios do mundo
os atentados, os assassínios, as fomes e os canalhas
Porque eu não sei escrevê-los, só odiá-los.
No final não sei mais o que escrever.
Meu cansaço me dá dá uma dor na cervical.
Não obstante, ouço um som na noite, um som de breu.
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