Abre o teu coração
para os olhares e suspiros do Universo que,
astuto, prepara a mesa, e a barca que te levará
se quiseres, até a beira da vida, até a roseira do mundo
até o poço de açoitamento de deuses
onde verás o sangue dos divinos jorrando
onde sentirás o perfume de mil acácias mortais e belas
Não fujas! Canta comigo e lança teus braços
o mar proclama, o amor reclama
os beijos de colombinas e valetes e outros saltimbancos
Não foge, ama-me, nada tens a perder.
Abre teu coração, teus olhos, teu corpo
ao suspiro imenso que a noite inventa
à luz desejada da manhã, dança comigo à tarde
e adormece à noite em meus braços fatigados
e ressona meu poema, com a cabeça sobre ele.
3 comments:
muito legal essa poesia. giotei da parte da roseira do mundo. beijos
Cecília!
passando por aí...
ótimo poema, como sempre...!
com um, como posso dizer...sentido épico de drama.
"se quiseres, até a beira da vida, até a roseira do mundo
onde verás o sangue dos divinos jorrando"
paulada...
até o poço de açoitamento de deuses
espero que esteja ok por aí...
bjos!
tambem nao acho que seja criancice nao. tem muita coisa envolvida pra simplificar dessa maneira.
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