Monday, December 26, 2011
Adeus, professores
Os ratos da academia estão ativos
Os vermes da biblioteca sempre ensandecidos entre vírgulas e parênteses.
Vão à merda todos os bons moços da Universidade.
Alma Mater, grande puta do Estado,
irmã da imensa ladra que é a soberba dos místicos.
Sempre as mesmas orações,
sempre as mesmas desculpas,
sempre o mesmo olhar esnobe de piedade cristã.
Falta de respirações ofegantes de vida e morte,
ausência de ar e verde e vermelho,
pobreza de histórias que não tenham sido contadas em mais de dez volumes.
Aqui me despeço de seus olhares e posturas imensas,
de nossos medos infinitos, de nossa obediência e respeito clássicos.
Aqui convido-os, pela última vez, à dança.
Antes que chamem a polícia para lançarem-me à cela escura,
acuso-os mas perdôo sua estúpida auto-condescendência,
sua lúcida parvoíce, sua necessidade de poesia e sua pequenez humana.
Compreendo sua opacidade de vista e seu astigmatismo forçado.
Que me receba a luz, que me saúde a música,
que me acaricie o ar, que me perdoe a liberdade.
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