Olhinhos fechados
no silêncio,
nas pausas de uma Berceuse,
num Noturno de flores,
nas ondas da Polonaise,
patinhas para cima,
continhas de areia,
estrelinhas do mar.
Luzinhas que caçam,
vagalumes de pensamento
pairam livres sobre as cabeças
adormecidas de Pablo e Catarina,
que em sonho perseguem moscas verdes,
e caçam gafanhotos cor-de-rosa.
Calor entorpecente em 3/4
acordes que se alternam entre
grama fresca e lágrimas quentes.
Pablo e catarina ressonam
com as patinhas para cima.
Alheios a si,
alheios ao Mal
deste imenso mundo,
pequenos deuses indiferentes
ao ódio humano,
à luta egocêntrica, à sujeira das máquinas
e da burocracia de papel.
Pablo e Catarina sonham
com fadinhas-vagalume para serem caçadas
na invenção de um triste senhor polonês.
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